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Ibovespa recua 0,41% na semana; dólar fecha a R$ 5,22
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Estadão -
O Ibovespa se firmou na sessão desta sexta-feira, 10, em leve alta de 0,07%, a 108.078,27 pontos no encerramento da semana, em que acumulou perda de 0,41%, vindo de retração de 3,38% no intervalo anterior. No mês, recua 4,72%, em baixa de 1,51% no ano. O índice da B3 se manteve dentro de faixa de flutuação estreita desde a abertura da sessão. Houve algum equilíbrio entre o avanço em torno de 3% nas ações da Petrobras e perdas entre 6% e 8% para os papéis do Bradesco, refletindo a decepção do mercado com o balanço trimestral do banco. Os ganhos da estatal foram embalados pelo corte de produção anunciado pela Rússia, que deu fôlego extra à recuperação em curso nos preços da commodity.
Já o dólar recuou no mercado doméstico de câmbio na sessão desta sexta, em sintonia com as perdas da moeda americana frente a pares do real com o peso chileno e mexicano. A moeda americana encerrou a sessão a R$ 5,2219, em baixa de 1,08%. Operadores relataram ajustes de posições no mercado futuro, entrada de fluxo estrangeiro e internalização de recursos por parte de exportadores, estimulada pela valorização da moeda americana nos últimos dias. Apesar do refresco hoje, o dólar termina a semana com ganhos de 1,44%, o que leva a valorização acumulada em fevereiro para 2,86%.
"Mudança da meta de inflação talvez seja o caminho mais natural para resolver esse imbróglio, considerando também que é muito baixa, para este e o próximo ano, definida lá atrás, em 2018, 2019, então num contexto de ausência de inflação no mundo: algo totalmente alterado pelo contexto da pandemia, com transformações produtivas estruturais, de impacto inflacionário bastante grande", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master. "É um mundo de muito mais inflação do que quatro, cinco anos atrás. O nível de sacrifício para atingir uma inflação muito baixa, de 3%, é muito alto nesse contexto", acrescenta o economista.
"O mercado repercutiu hoje a temporada de balanços, e o que pegou negativamente foi o Bradesco, principalmente pelo aumento de provisionamento para devedores, muito por conta de Americanas, o que acabou puxando para baixo também as ações do setor, na sessão", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. Ele destaca também o efeito negativo do rebaixamento das notas da Fitch para o setor aéreo, com alerta da agência de classificação de risco de crédito para dificuldades que as empresas poderão ter na rolagem de dívidas, afetando o desempenho das ações do segmento nesta sexta-feira.
Por outro lado, cresceu fortemente o otimismo do mercado financeiro com relação ao comportamento das ações no curtíssimo prazo, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 70% acreditam que a próxima semana será de alta para o Ibovespa e apenas 10% esperam queda. Os que preveem estabilidade são 20%. No Termômetro anterior, 25% esperavam ganhos para o índice nesta semana; 25%, queda; e 50%, variação neutra.
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